domingo, 30 de novembro de 2014

Fundamentos do Handebol

1- EMPUNHADURA

A empunhadura é o fundamento mais importante do handebol, pois ela é a base para todos os outros fundamentos.
É a forma de segurar a bola de handebol com uma das mãos, ela deve ser segurada com as falanges distais dos cinco dedos abertos e com a palma da mão em uma posição ligeiramente côncava.
Observações: os dedos devem fazer contato com a maior superfície possível da bola, os dedos devem exercer certa força (pressão) na bola para que ela esteja bem segura. 

2 - RECEPÇÃO:

     A recepção é fundamental para se conseguir positivamente qualquer ação individual, é um fundamento que deve ser realizado sempre com as duas mãos, para garantir a eficiência em sua execução, elas devem estar paralelas, ligeiramente côncavas e voltadas para frente. Em jogos de alto nível, vemos os atletas executando a recepção com uma das mãos e apesar da literatura específica considerar esse gesto como um erro, a prática atual e sua eficiência nos permitem ensiná-lo para as turmas mais avançadas.
     Para se obter uma boa recepção devemos partir da posição de expectativa e irmos de encontro à bola. As recepções podem ser feitas em várias alturas:

1- Alta: Acima da cabeça;
2- Média: Altura do peito;
3- Baixa: Altura do quadril, Altura do joelho ou Junto ao solo.

A posição das mãos é muito importante para a execução eficiente da recepção:
No caso das recepções altas, as pontas dos dedos devem estar voltadas para cima e as palmas das mãos voltadas para a bola, os polegares devem estar unidos, os cotovelos semi-flexionados e as mãos em forma de “concha” (Formando um W). 
Para as recepções baixas o que muda é apenas o posicionamento das mãos, pois os dedos mínimos devem estar próximos e os polegares em posição oposta (Formando um M).

Habilidades fundamentais para uma boa recepção:
a- Olhos na bola – Vigiar a bola;
b- Receber a bola com as duas mãos;
c- Ir de encontro a bola;
d- Amortecer ligeiramente os braços para absorver o contato com a bola;
e- A bola deve ser imediatamente protegida de forma que o adversário não possa recuperá-la;

Erros mais comuns:
a- Posição errada das mãos (palma das mãos voltadas uma para a outra);
b- Segurar a bola apenas com os dedos;
c- A mão não estar em forma de “concha”;
d- Braços estendidos de maneira que não absorvam o contato com a bola.

3 - PASSES

É considerado o fundamento mais importante, básico e imprescindível para que o jogo de Handebol possa desenvolver-se, sem o qual dificilmente poderá haver a colaboração entre os jogadores e o cumprimento dos objetivos ofensivos. Todo o jogo de uma equipe depende da exatidão e segurança do passe. São movimentos que permitem a bola ir de um jogador a outro, desta forma ele necessita sempre da interdependência de no mínimo duas pessoas.
O passe é utilizado para que seja dada a sequência no jogo, a boa execução desse fundamento pode alterar a velocidade do jogo. Vale lembrar que o movimento técnico do passe de ombro e do arremesso é o mesmo, o que muda é a força.
Os Passes classificam-se em: De Ombro e Especiais


OMBRO
Direto
Picado
Parabólico

ESPECIAIS
Pronação
Picado entre as pernas
Por trás da nuca

Erros comuns na execução do passe:
a- Não olhar para onde vai passar;
b- Empurrar a bola para frente;
c- Não empunhar a bola.

4 - PROGRESSÃO

São os meios utilizadas pelos atletas para poder se deslocarem no campo de jogo quando estão com a posse de bola. A progressão pode ser feita das seguintes maneiras:

- Em batidas sucessivas;
- Com ritmo trifásico;
- Combinações (três passadas - passe, três passadas - arremesso, corrida e passadas - passe ou arremesso, drible - 3 passadas, etc.)
- Com duplo ritmo trifásico ou Dupla Progressão.


4.1. DRIBLE
É o movimento de bater a bola contra o solo, utilizando uma das mãos, estando o jogador parado ou em movimento.
O drible é uma habilidade essencial ao jogador de Handebol, é muito utilizado nas situações de contra-ataque e nas marcações individuais ou nos momentos de 1x1.
Deve ser executado evitando-se conduzir a bola, usar sempre a mão em cima da bola, e no momento de deslocamento deixar a bola lateralmente e a frente do corpo.

Os dribles classificam-se em:
- De Progressão
- De Proteção: estando o jogador de costas ou de lado para o adversário

4.2 SISTEMA TRIFÁSICO

Conhecido entre os atletas como as “três passadas”.
É considerada pela literatura específica do método parcial como um fundamento onde o jogador dá três passos à frente e em direção a meta adversária com a posse da bola. É quando o jogador começa a passada com o braço oposto ao que realizará o arremesso.


Dupla Progressão ou Duplo Ritmo Trifásico – conhecido entre os atletas como “dupla passada”, é considerado pela literatura específica do método parcial como um fundamento onde o jogador dá “sete” passos com a posse da bola, sendo obrigatoriamente realizados à frente, da seguinte forma:
Os três primeiros passos são dados com a posse da bola imediatamente após ter recebido a mesma, E simultaneamente na execução do quarto passo o jogador terá que quicar a bola no solo uma vez,Tornar a empunhá-la e dar mais três passos com a bola dominada. Ao final do sétimo passo ele terá obrigatoriamente que passar ou arremessar a bola. A literatura indica que o primeiro passo deverá ser executado com a perna contrária ao braço que realizará o arremesso.


5- FINTAS

São as mudanças de direção feitas pelo jogador atacante com o objetivo de evitar a ação do defensor. Não podemos confundir a finta com o desmarque, embora o objetivo seja o mesmo – evitar a marcação do oponente direto. Sem dúvida, para que possa ser considerada finta, o jogador tem que estar com a posse de bola e próximo ao seu adversário direto; enquanto no desmarque, ele pode estar posicionado um pouco mais distante do adversário com ou sem a posse de bola.

6- ARREMESSOS

São os fundamentos que são executados com a finalidade de se fazer o gol. A maioria dos arremessos podem ser denominados “de ombro” e seguem basicamente a mesma descrição de movimento a seguir: A bola deve ser empunhada, palma da mão voltada para frente, cotovelo ligeiramente acima da linha do ombro, a bola deve ser levada na linha posterior a da cabeça e no momento do arremesso ser empurrada para frente com um movimento de rotação do ombro.


Podem ser executados das seguintes maneiras:
 
a- Parado – Um dos pés do arremessador ou ambos, devem estar em contato com o solo;
b- Em suspensão – No momento do arremesso não há apoio de nenhum tipo, o corpo do arremessador está completamente no ar;
c- Com queda para frente – Após a bola ter deixado a mão do arremessador, o mesmo realiza uma queda, normalmente, a mesma se dá dentro da área adversária e de frente para a baliza, este arremesso é bastante comum entre os pivôs e eventualmente entre os pontas;
d- Com giro e queda (dois lados);
e- Com Rolamento – significa que após a bola ter deixado a mão o arremessador, o mesmo realiza um rolamento, na maioria das vezes um rolamento de ombro. Este tipo de arremesso é mais comum entre os pontas, e eventualmente pelos pivôs.

A Quadra de Handebol


     A quadra deve ser retangular, com um comprimento de 38 a 44m e uma largura de 18 a 22m (mas por convenção fala-se que as quadras de Handebol possuem comprimento de 40m e largura de 20m). A área privativa do goleiro será determinada por um semicírculo cujo raio medirá 6m, desde o centro do gol. Nesta área somente o goleiro pode ficar, atacantes e defensores devem ficar fora dela (não é permitido nem pisar na linha, entretanto pode-se pula-la de fora para dentro, desde que se solte a bola antes de tocar no solo).
    Um outro semicírculo será colocado a 9m, este sendo tracejado e determinando a linha do tiro livre (de onde geralmente são cobradas as faltas realizadas pela defesa). A baliza possui largura interior de 3m e altura de 2m. Em frente e ao meio de cada baliza, e a uma distância de 7m, traça-se uma linha paralela à do gol, de 1m de comprimento e chamada de marca dos 7m (penalidade máxima), este lance apenas é ordenado com a execução de uma falta grave sobre o adversário enquanto este atacava a meta da defesa.

DEMARCAÇÕES E LINHAS DE UMA QUADRA DE HANDEBOL
 - Linhas laterais e linhas de fundo: Delimitam a quadra
- Linha dos 4 metros: Limita a atuação do goleiro durante cobranças de tiros de 7 metros.
- Linha dos 6 metros: Determina a área do goleiro.
- Linha dos 7 metros: Orienta a posição de um tiro de 7 metros.
- Linha dos 9 metros (Tracejada): Usada em cobranças de faltas, permite a formação de barreiras de defesa.


 

História do Handebol - Resumo


   O Handebol foi criado no ano de 1919 pelo professor Karl Schelenz, na Alemanha e inicialmente era disputado em campos de futebol, suas regras iniciais foram publicadas pela Federação Alemã de Ginástica e a partir deste momento passou a ser jogado de forma competitiva por outras nações, como Áustria e Suíça. A primeira partida internacional foi disputada em 1925 com triunfo austríaco, que venceram os alemães por 6 x 3. 

     No ano de 1934 o COI (Comitê Olímpico Internacional) inclui o handebol como esporte Olímpico, tendo a modalidade sido disputada pela primeira vez nos jogos de Berlim 1936, desta vez deu Alemanha, que se sagrou campeã Olímpica com uma vitória por 10 x 6 contra a mesma Áustria que lhes havia derrotado no debute internacional da modalidade, já o primeiro Campeonato mundial da modalidade ocorreu em 1938 na Alemanha. 

   O fato que mudaria a história do esporte aconteceu em 1946 quando os suecos oficializaram regras para o handebol de salão, com apenas 7 jogadores em quadra por cada equipe, a partir deste evento, o handebol de 11 ficou em segundo plano e foi criada a Federação Internacional de Handebol (FIH), atualmente com sede na Basiléia - Suíça.
 
      Após ter ficado fora de algumas edições, o handebol voltou a ser esporte Olímpico nas Olimpíadas de Munique 1972, já na forma como o conhecemos hoje.

HANDEBOL NO BRASIL

          O Handebol surgiu no Brasil Após a I Grande Guerra Mundial, uma vez que um grande número de imigrantes alemães vieram para o Brasil estabelecendo-se na região sul por conta das semelhanças climáticas, dessa forma os brasileiros passaram a ter um maior contato com as atividades desportivas por eles praticadas, dentre os quais o então Handebol de Campo.
 

    Foi em São Paulo que ele teve seu maior desenvolvimento, principalmente quando em 26 de fevereiro de 1940 foi fundada a Federação Paulista de Handebol, tendo como seu 1 ° Presidente Otto Schemelling, já o handebol de salão somente foi oficializado em 1954 quando a Federação Paulista de Handebol instituiu o I Torneio Aberto de Handebol que foi jogado em campo improvisado ao lado do campo de futebol do Esporte Clube Pinheiros, campo esse demarcado com cal (40x20m e balizas com caibros de madeira 3x2m).

   Este Handebol praticado com 7 jogadores e em um espaço menor agradou de tal maneira que a Confederação Brasileira de Desportos – CBD órgão que congregava os Desportos Amadores a nível nacional, criou um departamento de Handebol possibilitando assim a organização de torneios e campeonatos brasileiros nas várias categorias masculina e feminina.

    Contudo, a grande difusão do Handebol em todos os Estados adveio com a sua inclusão nos III Jogos Estudantis Brasileiros realizado em Belo Horizonte-MG em julho de 1971 como também nos Jogos Universitários Brasileiros realizado em Fortaleza-CE em julho de 1972. Como ilustração, nos JEB’s/72 o Handebol teve a participação de aproximadamente 10 equipes femininas e 12 masculinas, já em 1973 nos IV JEB’s em Maceió-AL tivemos cerca de 16 equipes femininas e 20 masculinas.
 
    A atual Confederação Brasileira de Handebol – CBHb foi fundada em 1º de junho de 1979, tendo como primeira sede São Paulo e como primeiro Presidente o professor Jamil André, o atual Presidente da Confederação é o Prof. Manoel Luiz Oliveira que assumiu a presidência da CBHb já com sede em Aracajú-SE.

     O Brasil detém diversos títulos em disputas entre os países das Américas, mas em competições de nível mundial, o sucesso é recente, tendo vindo primeiramente com o Handebol de Areia, modalidade na qual nos sagramos campeões mundiais por 4 vezes no Masculinos e 3 vezes no feminino, já no Handebol de quadra, o primeiro título veio com as meninas no Campeonato Mundial jogado na Sérvia, no ano de 2013. Numa final bastante acirrada o Brasil derrotou as donas da casa pelo placar de 22 x 20, sagrando-se de forma incontestável o novo Campeão Mundial.




     

Circuito Historiado - FOLCLORE


Realizei esta atividade neste ano de 2014 e foi um sucesso, a seguir o desenvolvimento:

Os alunos irão passar por um circuito com 05 (cinco) estações e cada uma delas será ligada a um personagem do folclore brasileiro. Antes que eles iniciem a atividade, serão contadas as lendas de cada um dos personagens envolvidos e a seguir os alunos serão caracterizados e farão a atividade.




ESTAÇÃO 01 – SACI PERERÊ
Caracterização – Os alunos vestirão um gorro vermelho
Atividade – Saltar bambolês com apenas um dos pés.
Justificativa – O Saci Pererê só tem uma perna e para se deslocar, precisa pular apenas com ela.



ESTAÇÃO 02 – MULA SEM CABEÇA
Caracterização – Os alunos vestirão um “capacete” em forma de fogo.
Atividade – Percorrer trecho sem utilizar a visão, trabalhando sua acuidade auditiva.
Justificativa – Por não possuir cabeça, a Mula sem cabeça não possui olhos.




ESTAÇÃO 03 – IARA (Sereia)
Caracterização – Os alunos vestirão uma cauda.
Atividade – Passar “rastejando”, sem o auxílio das pernas, por baixa de obstáculos.
Justificativa – Por não possuir pernas, para se locomover em meio terrestre, precisa rastejar.




ESTAÇÃO 04 – CURUPIRA
Caracterização – Os alunos usarão uma lança.
Atividade – Percorrer um trecho andando de costas.
Justificativa – O Curupira anda na mata com seus pés invertidos para enganar os caçadores.



ESTAÇÃO 05 – NEGRINHO DO PASTOREIO
Caracterização – Os alunos usarão um chapéu e montarão um cavalinho de pau.
Atividade – “Montados” em seu cavalo, os alunos deverão transferir bolinhas coloridas de um bambolê para o outro.
Justificativa – O Negrinho do Pastoreio montado em seu cavalo, lidera uma tropilha de cavalos invisíveis e ajuda a achar coisas perdidas.




Nossos mitos e lendas...



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Desportos, ginástica, dança e lutas nas aulas de Educação Física

FUTEBOL - Pode ser visto sob os seguintes aspectos:
- Enquanto jogo com suas normas;
- Enquanto espetáculo esportivo;
- Enquanto mercado de trabalho;
- Enquanto jogo popularmente praticado;
- Enquanto fenômeno cultural que inebria milhões e milhões de pessoas em todo mundo e em especial no Brasil.

O ATLETISMO inclui as práticas de correr, saltar e arremessar ou lançar. Os significados e seus fundamentos encontram-se na solução que deve ser dada ao problema de maximizar a velocidade (correr), desprende-se da ação da gravidade (saltar) e jogar distante (arremessar).

O VOLEIBOL tem por objetivo evitar que a bola caia no próprio campo de jogo, fazendo-a cair no campo da adversário por cima da rede. O fundamentos são: saque, manchete (recepção), toque (levantamento), cortada (ataque) e bloqueio.

O BASQUETE tem por objetivo atingir a cesta, que é defendido pelo adversário, utilizando somente as mão para manejá-la. O fundamentos são: passe, recepção, drible e arremesso.

A CAPOEIRA encerra em seus movimentos a luta de emancipação do negro do Brasil escravocrata. Em seu conjunto de gestos e fundamentos a capoeira expressa de forma explícita , a “voz” do oprimido na sua relação com o opressor.

A GINÁSTICA se entende com uma forma particular de exercitação onde, com ou sem uso de aparelhos, abre-se a possibilidade de atividades que provocam valiosas experiências corporais,, enriquecedora da cultural corporal das crianças, em particular do homem em geral. Os fundamentos são: saltar, equilibrar, rolar ou girar, trepar e balançar ou embalar. Em nível de desporto de rendimento temos a ginástica artística e ginástica rítmica.

A DANÇA pode ser considerada como uma linguagem social que permite a transmissão de sentimentos, emoções da afetividade vivida na esfera da religiosidade, do trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra e etc.

Todos os esportes devem ser adaptados às características e as necessidade de cada faixa etária.


sábado, 8 de novembro de 2014

Anatomia Humana na Educação Física Escolar

     Na graduação temos aulas de basquete, futsal, handebol, voleibol...E por conta disso, após formados, temos a capacidade de ministrar aulas e criar atividades sobre esses temas. Mas o que muitos esquecem é que também podemos variar e sair da zona de conforto do "Quarteto Fantástico", para criar aulas interessantes sobre outras coisas que aprendemos, e uma delas é a anatomia.

     Realizei com meus alunos uma atividade super interessante, que certamente proporcionou muita diversão e conhecimento, vou escrever agora o passo a passo.

     1 - Em sala de aula (ou quadra), mostre a eles um esquema do corpo humano (Eu utilizei um atlas anatômico com corpo humano em tamanho real, mas podem ser slides ou até mesmo desenhos no quadro), sinalizando onde fica cada órgão interno (peça para que eles localizem no próprio corpo ou no corpo do colega).
  
     2 - Neste momento você pode optar entre duas formas de trabalhar, a primeira é com os alunos formando duplas, um deita no chão e o outro, com giz, "tira" o contorno do corpo do amigo, deixando a silhueta como matriz, a segunda é fazer o contorno do aluno em uma folha de papel pardo.

     3 - Em seguida peça para que eles desenhem cada órgão em seu respectivo lugar e pronto, a diversão começa...É importante você ir orientando o aluno, já que esse tema é algo que ele nunca vivenciou e certamente muitas dúvidas surgirão.

   
Cabe ressaltar que o trabalho realizado no papel pardo lhe proporcionará uma gama maior de cores e consequentemente uma possibilidade extra de identificar órgãos com cores diferentes, faça também um gabarito, determinando com que cor cada órgão está representado...Se o trabalho for realizado em parceria com a professora de sala de aula, peça para que o cartaz fique afixado em uma das paredes, a visualização contínua irá potencializar o aprendizado!!!


 




quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Como avaliar um aluno dos anos iniciais do ensino fundamental?

     A palavra avaliar comumente é associada a realizar provas, fazer exame, dar notas, aprovação ou reprovação, De forma que imaginemos que ela seja apenas uma forma de perceber o quanto do conteúdo aquele aluno foi capaz de memorizar.

     Normalmente faço uma avaliação qualitativa em minhas turmas de 1° e 2º do ensino fundamental, avaliando não apenas o que ela foi capaz de fazer naquele momento, mas também o que ela assimilou das atividades realizadas e o quanto ela evoluiu desde a primeira aula até o momento do processo avaliatório, para que isso seja possível é primordial que você, no início do ano letivo, realize uma avaliação diagnóstico* para observar o que cada um dos alunos traz consigo de conhecimento e desenvolvimento motor.

     Um processo simples, que nos possibilita ver o que o aluno guardou das aulas anteriores e que num dia de chuva salvará a sua vida, é pedir para que eles desenhem em uma folha de papel a brincadeira que eles mais gostaram de fazer...Faça isso e tenho certeza que irá se surpreender com as diferentes atividades que serão lembradas.




* Avaliação Diagnóstica - Ação avaliativa realizada no início de um processo de aprendizagem, que tem a função de obter informações sobre os conhecimentos, aptidões e competências dos estudantes com vista à organização dos processos de ensino e aprendizagem de acordo com as situações identificadas.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Quando o improviso vira uma super aula!

     O planejamento é fator importantíssimo para o sucesso de uma aula, devemos seguir os objetivos traçados e se necessário, fazer pequenos ajustes de acordo com observações feitas durante as atividades...Mas e quando tudo dá errado e fica impossível realizar o "Plano A"??? Simples, vamos para o "Plano B"...Que no caso, foi criado naquela hora mesmo!!!

     Fui buscar meu material no armário e percebi que tinha esquecido a chave, os alunos já estavam na quadra e eu precisava pensar rápido, vi alguns galões que haviam sido usados previamente e seriam descartados, não pestanejei, passei a mão neles e levei para a quadra e agora descrevo o passo a passo da atividade.

     1- Lave bem os recipientes (Parece óbvio mas é bom escrever).
     2- Marque com caneta permanente a área que você vai utilizar.
     3- Corte com estilete (Não preciso dizer que é você quem deve cortar, né?!).
     4- Após o corte, pegue uma bola (Aquelas de casinha de bolinhas) e escolha uma dupla, os alunos devem lançar e receber a bolinha utilizando-se do recém-criado brinquedo (que ainda não tem nome), no início é um pouco difícil, mas logo eles pegam o jeito e a brincadeira flui muito bem.

     Você pode fazer a brincadeira de forma competitiva ou cooperativa, alterando apenas a disposição dos alunos em quadra, na competitiva, forme duplas, cada uma delas com uma bolinha e na cooperativa, uma grande roda com apenas uma bolinha! Afirmo pra vocês que se fizeres tudo certinho, sua aula será um sucesso!!!




segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Do caos à criação

     "Professor de educação física parado no canto da quadra, crianças espalhadas por ela sem seguir qualquer comando, muitas bolinhas coloridas espalhadas, bambolês sendo rolados de um lado para o outro, uma corda sendo esticada e bolas arremessadas para cima sem qualquer critério." Agora que leu, feche os olhos e tente imaginar o cenário descrito!!!

     Certamente você imagina estar vendo o caos, mas lembre-se, tu és um professor de educação física e além de transmitir o seu conhecimento deve também saber usar o saber que o aluno trás consigo. Aquela cena que parece um caos, se bem observada, poderá render frutos e certamente trará a possibilidade de se criar novas atividades.

     Normalmente no início do ano letivo permito que meus alunos fiquem a vontade em quadra, com todos os materiais descritos, para observá-los e não foram poucas as vezes que criei atividades a partir das observações que fiz naquele momento, é impressionante a capacidade que nossas crianças possuem de se organizar, formar grupos e realizar brincadeiras que quando aprimoradas, são capazes de proporcionar uma ampliação de seu acervo motor.

     Permita-se realizar esta tarefa e se alguém vier lhe indagar o motivo do "caos", você já sabe o que responder!!!